terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A MENINA QUE FEZ A AMÉRICA - Laurito, Ilka Brunhilde

Observe o texto para responder às questões:
A MENINA QUE FEZ A AMÉRICA
         Eu vou morrer um dia, porque tudo que nasce também morre: bicho, planta, mulher, homem. Mas histórias podem durar depois de nós. Basta que sejam postas em folhas de papel e que suas letras mortas sejam ressuscitadas por olhos que saibam ler. Por isso, aqui está para vocês o papel da minha história: uma vida-menina para as meninas-dos-seus-olhos.
         Vou contar…
         Eu nasci no ano de 1890, numa pequena aldeia da Calábria, ao sul da Itália. E onde fica a Itália?… É só olhar um mapa da Europa e procurar uma terra em forma de bota, que dá um pontapé no Mar Mediterrâneo e um chute de calcanhar no Mar Adriático.
         É lá.
         Lá, nessa terra entre mares, foi que eu nasci num dia de inverno, quando as flores silvestres que perfumavam o ar puro dos campos da minha aldeia estavam à espera do florescer da primavera. Saracema: este era o nome do lugar pequenino onde eu nasci. Eu disse “era”, embora o lugar ainda existia e tenha crescido, como eu também cresci. Mas, como nunca mais voltei para lá, acho que não pode se mais o mesmo que conheci e onde vivi até os dez anos de idade. A Saracena de 1890 era aquela sem a comunicação do telefone, os sons do rádio e as imagens da televisão nas casas; sem o eco dos carros e das motocicletas nas estradas ou o ronco dos aviões sobre telhados. A música que andava no ar, nos tempos da minha infância, vinha do canto dos pássaros, do chiar das rodas das carroças, das batidas dos cascos dos cavalos, do burburinho do risco das crianças e do lamento dos sinais das igrejas. Essa era a voz da terra onde começava a minha vida e terminava o meu mundo.
         Nunca cheguei a conhecer meu pai, Domenico Gallo. Só em retrato: um homem alto, bonito, de finos bigodes. Dizem que ele ficou muito feliz quando eu e meu irmãozinho Caetano nascemos. Ah, esqueci de dizer que meu nome é Fortunata e que, quando menina, me chamavam de Fortunatella.
(Laurito, Ilka Brunhilde. A menina que fez a América. São Paulo, FTD)

1) Fortunata não inicia a contar sua história no 1º parágrafo. Ela usa esse parágrafo para falar de quê?

2) Explique em poucas palavras como era Sacarema quando Fortunata nasceu?

3) Fortunata mostra-se feliz ou triste em relação à sua vida? Comente mais sobre isso.

4) Se você tivesse de dar outro título ao texto, qual seria? Por quê?

5) Retire do texto um trecho em que há um pronome possessivo.

6) Qual pronome serve, no texto, para evitar a repetição da palavra pai?

7) O pronome “onde”, utilizado no seguinte trecho: “onde vivi até os dez anos de idade” faz referência a qual palavra  dita anteriormente?

9) Complete com um pronome demonstrativo adequado:
a) _______________ época em que nasci em Sacarema. (nesta, nessa, naquela)
b) ______________ ano em que estamos está sendo maravilhoso. (este, esse, aquele)

Obs. Essa atividade utilizei com uma turma de 3ª etapa do fundamental; porém pode ser adaptada para outro contexto.

2 comentários:

  1. eu to no 6 ano e acho que serve.

    estou estudando em escola particular e la tem prova do livro que a gente tem que ler o livro e depois fazer a prova
    e o desse semestri foi A menina que fez a America

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  2. eu estou no 7 ano e minha professora vai passar uma prova sobre este livro e eu acho que esse resumo pd ajudar !!

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